terça-feira, janeiro 31, 2006

O Senhor dos Celulares: A Disléxica Batalha do Celução de Prodular

O mundo do filme mudou.
Muito do que já foi no roteiro, está perdido,
pois não mais existe um roteirista que o lembre.
Roteiro se tornou argumento.
Argumento se tornou sinopse.
E algumas coisas de arte,
que não deveriam ter sido esquecidas
foram perdidas (não se sabe por quem).

Apenas um antigo verso permanece:

Dois Celulares para os Reis-Diretores sob este celeste céu,
Um para os Assistentes-Anãos em seus intocáveis computadores,
Dois para os Produtores Mortais, fadados ao inexistente sono,
Um para a Senhora do Ouro em seu dourado trono.
Na Terra de Zencrane onde nem as sombras se deitam.

Um Celular para todos governar, Um Celular para encontrá-los,
Um Celular para a todos trazer e na película aprisioná-los.
Na Terra de Zencrane onde nem as sombras se deitam.


E tudo o que se ouve é a voz de Elencóllum, outrora conhecida como Grazmígou, que tendo perdido seu celular, vaga pelos corredores da Terra de Zencrane sibilando:
Mai Préchius... Mai Préchius...