Maquinomem
(Helena Kolody)
O homem esposou a máquina
E gerou um híbrido estranho:
Um cronômetro no peito
E um dínamo no crânio.
As hemácias de seu sangue
São redondos algarismos.
Crescem cactos estatísticos
Em seus abstratos jardins.
Exato planejamento,
A vida do maquinomem.
Trepidam as engrenagens
No esforço das realizações.
Em seu íntimo ignorado,
Há uma estranha prisioneira,
Cujos gritos estremecem
A metálica estrutura;
Há reflexos flamejantes
De uma luz imponderável
Que perturbam a frieza
Do blindado maquinomem.
O homem esposou a máquina
E gerou um híbrido estranho:
Um cronômetro no peito
E um dínamo no crânio.
As hemácias de seu sangue
São redondos algarismos.
Crescem cactos estatísticos
Em seus abstratos jardins.
Exato planejamento,
A vida do maquinomem.
Trepidam as engrenagens
No esforço das realizações.
Em seu íntimo ignorado,
Há uma estranha prisioneira,
Cujos gritos estremecem
A metálica estrutura;
Há reflexos flamejantes
De uma luz imponderável
Que perturbam a frieza
Do blindado maquinomem.
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