sábado, julho 09, 2005

Não Vale por Dois

Em uma época remota, onde tudo eram vontades e eu estava perdido sem bóia num mar de mulheres que quase nunca me davam bola; era solteiro e andava sempre precavido.

Na carteira, fazendo volume, tava lá profilático.

Passou muito tempo lá. Não a mesma, porque vencia, ou estragava por causa do óleo.
Na época eu sabia até em horas quanto tempo fazia que eu não... você sabe. Mas foram uns três anos.

Um dia, com uma pretendente, caí na besteira de dizer que estava precavido. Pra quê?

- (ela) Você anda sempre precavido?
- (eu) Claro! Você não?
- Não! Eu não saio pensando em fazer. Homem só pensa nisso mesmo.
- Não é verdade.
- Não? Por que você anda com isso?
- No caso de precisar. Melhor ter.
- E você acha que por acaso eu vou pra cama com você hoje?
- Direta você, hein?
- Enrolado você, hein?

E foi embora.
Isso depois dela me contar que tava na secura há uma semana.
Eu tava há uns dois anos já.

Até hoje eu não sei se ela tava falando sério, tirando com a minha cara ou me dando bola, mas acabou se irritando com meu papo.

Ser precavido não valeu por dois.
Não valeu por uma.
Nem por meia, valeu.

2 Comments:

Blogger Katia K. said...

Legal o textinho... É, a gente nunca sabe mesmo.
Desculpe a demora pra passar aqui no seu espaço. Valeu a pena ;-)
See ya!

15/07/2005, 00:33  
Anonymous Anônimo said...

Mto bom! Eu sempre AMO seus diálogo!
Beijos!

15/07/2005, 13:26  

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