quinta-feira, março 31, 2005

Campanha Publicitária para Copos

Você já ouviu falar em leptospirose?

É uma doença terrível transmitida através da urina de ratos. Por isso, evite consumir bebidas diretamente da lata ou do gargalo da garrafa, utilizando os novos copos Moderação!

Os copos Moderação! são os únicos recomendados por todas as companhias de bebidas brasileiras. Pode verificar: Toda embalagem de bebida alcoólica recomenda: Beba com Moderação!

...e eu aqui perdendo dinheiro.

Crítico e Nuclear

Eu gosto de tudo que é filme... Tudo mesmo... (tirando uns experimentais muito loucos que são chatos, longos e tão herméticos que nem o próprio autor agüenta e ainda tem coragem de chamar de "arte")

Mas enfim...

Não importa o filme, eu sempre vejo alguma coisa de interessante: uma piada, uma seqüência, um plano, uma idéia. Alguma coisa sempre se destaca.

Como crítico de cinema, eu sou um ótimo físico nuclear.

Pode me chamar de otimista romântico, mas eu sempre encontro algo. Nem que seja um mau exemplo.

E tem mais... Quando os outros dizem que não gostaram de uma história, eu me pego pensando que isso não faz a menor diferença, porque se ela fosse de outra forma, não seria aquela história, certo?

Ou ainda, e se for uma história real? Quem, em sã consciência, diria que não gostou de uma história real?

Que mania que as pessoas têm de reclamar. Faça como eu, oras: relaxe, aproveite e divirta-se, porra!

Experimental

Fala-se muito em cinema experimental. Que tal então um texto experimental? Isso é o que eu tenho a dizer sobre o assunto:

"Ops! Ele tinha acabado de pisar num cocô de cachorro da raça "Sacaniavolvus". O troço era respeitável e o escorregão foi inevitável. Foi a sua sorte. Ao cair de cara no chão (para falar a verdade, na merda) ele notou alguma coisa inexplicável no piso : NÃO HAVIA PISO!!! Ele estava escorregando pelo teto.
Algo estava errado. Seria uma inversão no binômio tempo/espaço? O cheiro da bosta teria alterado suas faculdades mentais? Ou seria mais uma peça pregada pelo seu tio o Professor K. Hayo?
Repentinamente sentiu um leve movimento à sua direita: quase que imediatamente a 18 segundos depois sentiu um ligeiro movimento à sua esquerda. Defensivamente colocou a chupeta na boca e começou a falar : ...o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos quartetos...indiferentemente se for de cordas ou de roda de pagode.
Nada aconteceu.
Puxou da sua caixinha de Clorets e colocou quatro na boca. Ardeu pacas mas não adiantou nada. Desesperado pegou o controle remoto e trocou de canal. Hehehe... Ferrou-se! Caiu no horário político ....MEU NOME É DIARRÉIAS!!!!
A água já batia no joelho e ele ainda não tinha comprado o pão. As bichas chegam então gritando: ACHO, ACHO, ACHO... O QUE EU QUERO É UM MACHO! A situação estava piorando a cada minuto.
O avô ainda babava quando a ambulância chegou. Um dos meliantes virou-se para ele e perguntou: Quanto são 2 + 2?
Foi a gota d'água. A merda escorreu pela calça e o cheiro se espalhou. O elevador pipocou e as luzes se apagaram. Quando botaram fogo na tocha o helicóptero já tinha ido. Ele olhou para os sapatos: Preciso cortar as unhas.
O sol se pôs no horizonte e o violinista tocou Mozart. Ele não resistiu e mais uma vez chorou ao lembrar-se do triciclo. Aquele palhaço filho de uma puta! Ele jamais voltou ao circo.
Ele juntou o berimbau perdido na confusão e começou a caminhar na areia. Olhou para o lado e viu Romário e o Eri Johnson jogando futvolêi.
Chegou em casa e olhou a secretária eletrônica: Você tem UM recado novo...:
- Aqui é da padaria. Acabou o leite.
Era o fim perfeito para um dia daqueles."


Arte é arte, oras...
E não vou parar por aí. considere-se avisado.

quarta-feira, março 30, 2005

Cuba é aqui

Muita gente quer ir fazer cinema em Cuba, mas eu acho que Curitiba é quase Cuba.

Afinal, Cuba é Curitiba sem o riti.

Idéias que marcam

Como hoje este espaço faz aniversário, vou começar a postar (tentar) sempre neste dia citações interessantes.
Começando com vida e morte.

"Vida é aquilo que acontece enquanto você faz planos." (John Lennon)
"Não é que eu tenha medo de morrer. Eu só não quero estar lá na hora que isso acontecer." (Woody Allen)

Pessoas Inventadas

Eu não acho que um personagem (principalmente o de ficção) carrega necessariamente parte da personalidade de seu criador.

Eu acho que uma criação nada mais é do que um "como seriam as coisas se não fossem do jeito que são? E se elas fossem desse jeito aqui?"

A não ser que você ache que todo mundo tem um pouco de tudo, daí sim, não só todo personagem tem um pouco do criador, como também parte do seu interlocutor.

No fundo... acho que as duas coisas estão certas...
Todo mundo é todo mundo.

(entre) parênteses

Tudo o que se escreve entre parênteses (não) deve ser levado em consideração.

Mundo cão

Aqui na esquina de casa um cara e uma garota se encontraram e começaram a conversar. O cara tava passeando com um labrador e a mulher tinha uma cocker.

(ele) - Oi. Tudo bem?
(ela) - Tudo.
(ele) - Será que chove?
(ela) - Não sei. Talvez.
(ele) - Passeando?
(ela) - Todo bichinho tem suas necessidades.
(ele) - Tava procurando uma fêmea pra cruzar, você acha que rola?
(ela) - Rola... Dá a patinha e finge de morto também.

(risos)

(ele) - Então... sua dona tem telefone?
(ela) - Você quer o telefone da minha dona ou o meu?

Daqui a três meses vou pedir um dos filhotinhos.

A questão é a história em si

Assim começa a Trilogia de Nova York , de Paul Auster:
"Se a história poderia ter um desfecho diferente ou se tudo aquilo já estava predeterminado não é o que está em questão. A questão é a história em si, e não cabe à história dizer se ela significa ou não alguma coisa."

Acho que isso vale pra qualquer história, já que quem tira conclusões normalmente é o interlocutor (...a não ser quando tem uma frase no final que diz "a moral da história é...")

O livro promete...

segunda-feira, março 28, 2005

Kill Bill

Uma Thurman da pesada vivendo altas aventuras para descobrir o Kill Bill anda aprontando.
Próxima segunda-feira em Tela Quentin.

Mais uma que foi retirada do inconsciente coletivo por outro que não eu.
http://www.jesusmechicoteia.com.br/

Tatus

O Aleksei me contou que um cara achou isso aqui no inconsciente coletivo.

Existem dois tatus dentro de cada um de nós:
O tatudobem e o tatudomal.

Tatudoclaro?

...é tudo culpa do Tião!

Edson Aran escreveu isso aqui no seu "A Noite dos Cangaceiros Mortos-Vivos", onde o Comando Revolucionário dos Cangaceiros Mortos-Vivos está à caminho de Brasília para implantar a primeira República Cangaceirista do mundo, liderados por Ermenegildo Pinto, Raulzito e Bom Selvagem, que juntos representam as três raças que formam o Brasil: o canalha, o maluco e o safado.

"Dom Sebastião era um rei português que resolveu conquistar o Marrocos dos muçulmanos em 1578. Foi pra lá com 17 mil homens. Bastião era fodão. Na batalha de Alcácer-Quibir, ele se lançou como uma fera sobre o exército mouro e sumiu. Desapareceu. Evaporou. Ninguém achou o corpo, nada.

Como Portugal ficou sem rei, o país foi incorporado pela coroa espanhola, já que o rei da Espanha, Felipe II, também era neto de Dom Manuel, o avô do Bastião. Mas os portugueses não entregaram os pontos. Tinham certeza de que um dia Dom Sebastião ía voltar e botar ordem na casa. Tem gente que tá esperando até hoje. Papo sério.

Tudo o que aconteceu em Portugal e no Brasil é por causa do Dom Sebastião. É uma espera eterna por uma figura messiânica que vai aparecer do nada pra tirar a gente da merda. É um sebastianismo sem sentido.

O imbecil do Antônio Conselherio queria o que quando enfrentou os exércitos da República Velha em Canudos? A volta de Dom Sebastião.

Juscelino Kubistcheck queria o que quando construiu aquela maquetona chamada Brasília? A volta de Dom Sebastião.

Por que Tancredo Neves teve um troço e morreu na véspera da posse como presidente? Porque ele era uma espécie de Dom Sebastião.

Por que o Brasil está condenado a ser sempre uma país do futuro, esperando uma época que nunca chega? Por causa do Dom Sebastião. Por que os miseráveis brasileiros não mexem o rabo para melhorar de vida e preferem ficar em casa enchendo a cara e reclamando? Estão esperando o Dom Sebastião. Por que somos um gigante adormecido com a bunda descoberta? Dom Sebastião!

Quase tudo é culpa do Bastião. Dom Sebastião está entrando nos nossos genes culturais. É uma praga. É uma peste. É um vírus.

E é por isso que eu acho cangaceiro bacana. Cangaceiro não espera nada, vai lá e pega. Cangaceiro não fica meditando sobre o destino histórico da classe trabalhadora. Cangaceiro é o destino histórico da classe trabalhadora. Cangaceiro não perde tempo com masturbação intelectual sobre a organização da sociedade socialista. Cangaceiro socializa na hora. Cangaceiro quer agora. Cangaceiro não está nem aí. Cangaceiro quer que o futuro se foda. Cangaceiro é práxis. Cangaceiro é dez."


...cangaceiro é o cara.

quinta-feira, março 24, 2005

Teoria na Prática

O Chico Pennafiel tava me explicando:

Prática é quando as pessoas fazem o que fazem sem saber exatamente o porquê.

Teoria é quando as pessoas sabem exatamente o que fazer, mas quando vão realizar, fazem tudo errado.

Lá na AICC a gente une a teoria e a prática:
Fazemos tudo errado e ninguém sabe porque.

Cálculo do Amor

Eu já falei pra várias pessoas sobre um filme que eu dirigi em 2004 junto com o André Correia e mais um monte legal e que ainda não tá pronto.

Pra iluminar um pouco da penumbra em que o filme está, vou pôr aqui algumas imagens do filme, para que ele não caia no esquecimento de ninguém.





Detalhe: o roteirista e os diretores (eu, incluso), no papel figurativo de Meireles, Pereira e Nogueira, queimando o filme e quebrando a munheca também.

Boom! Vida de Gaffer


Tirinha para a primeira edição do Zine da AICC. Clique na imagem para ver ela completa.

Animação

Entrei no site da Toscographics querendo ver de novo o ótimo curta "Deus é pai", do Allan Sieber.
Imagine a minha surpresa quando descobri que a idéia tá rendendo uma série, que até o presente momento já tem 2 capítulos.

Mas, mais interessante ainda, é um projeto deles chamado Animadores.

Me identifiquei na hora. Toda vez que eu falo pra alguém que faço animação logo me perguntam que fantasia que eu uso.

Porra! Animação não é só de festa infantil. Daí eu tenho que explicar que é animação do tipo desenho animado. Daí pronto:

- ...é pra criança?

- Não... Animação não é só pra criança, sabia?

- Sério? ...mas é em trêisdê? Que nem o Nemo e o Tói?

- Não... é em 2D... e são temas mais conceituais. Tipografia e tal...

- Passa no cinema?

- Não. Eu faço pra DVDs, sites de Internet, às vezes curta-metragem.

- Mas você não estuda cinema?

- É... Estudo... Roteiro pra cinema...

- Mas não era desenho animado?


Depois me perguntam porque ninguém conhece nenhum animador famoso. É que tão todos escondidos, pra não se meter nesses papos. Anônimos.

Esse é o cara!

Mania que as pessoas tem de dizer:
"Esse é o cara!"

Conheci uma turma que falava isso o tempo todo. Um virava pro outro e dizia "você é o cara". "Não, você que é o cara". A coisa às vezes durava um tempão.

Daí esses dias eu ví pichado no muro:
"Eu comi o cara!"

Vai levar um tempão até eu ouvir alguém chamar outro de "cara" de novo.

SANTA CENA

(essa é pra galera da AICC)

...e ele pegou o biscoito, partiu em dois e deu aos seus discípulos dizendo: "Aí, véi, bolacha nada, isso aqui é bishcoito.". Daí ele pagou a cerveja e, através do milagre da multiplicação das biritas antes das 21 no Era Só, dividiu com todo mundo dizendo "Este é o meu sangue, mas só até eu tirar do joelho".

E ele falou da terra prometida dos gaffers, o paraíso de onde brota película 35mm da terra. Todos deram graças enquanto ele abençoava a fita Mini-DV de cada um deles.

Depois veio aquele arranca-rabo e houve traição, choro e crucificação. No fim, ele não estava mais no meio de nós.

Até hoje, muitos esperam a sua volta, quando nosso salvador arrebatará todos nós para Cuba.

Amém.

Ovo ou galinha? E daí?

As pessoas costumam se preocupar com quem vem primeiro. Sempre. E dão tanta importância pra isso. Primeiro na fila do banco, na fila do bebedouro, fila do cinema, fila de embarque no aeroporto (que eu acho a mais ridícula de todas por razões óbvias).

Tirando uma ou outra, como a do transplante, por exemplo, a maioria das filas é sempre injusta. Quem garante que só porque fulaninho chegou antes, quer dizer que os outros tem que esperar a vez.

É por isso que eu gosto do trânsito. Pra mudar de faixa, você tem que esperar que tá atrás passar. Bacana, né? Pra entrar na pista na preferencial, tem que esperar quem ainda não chegou no cruzamento passar.

Não tem essa de organização. É cobra comendo cobra. Pura fauna. Nada de pseudo-civilização.
Lugar típico de um mundo cão.

quarta-feira, março 23, 2005

Novo...

Pé direito alto... Vizinhança tranquila... é... Acho que vou ficar com esse blog...
Aceita financiamento do BNDES?