quinta-feira, setembro 29, 2005

It's Evolution, Baby...

A maior prova de que sempre é possível melhorar é tentar desmontar e remontar alguma coisa:
Quase invariavelmente sobram peças no final.

Quem foi que disse que a Lei de Murphy não tem seu senso de humor?

domingo, setembro 25, 2005

Como Eles Fazem no Discovery Channel

Na selva de pedra existe uma espécie muito peculiar e pouco estudada pelos antropólogos:
O estagiário.

Esta espécie, cujo nome científico é Fudidus Malpagus, impiedosamente caçada no mercado selvagem, é facilmente pega com iscas simples como Ajuda de Custo, Vale-Transporte ou Refeição.

Seu couro, uma vez arrancado, tem inúmeras utilidades, servindo para o revestimento de responsabilidades a impermeabilização de culpas e na manufatura de serviços chatos demais, como por exemplo, fazer café.

Apesar da crença popular, seu couro não é aconselhado para bolsas de estudo.

Por outro lado, o anel de couro do estagiário é naturalmente resistente às enrabadas de seus chefes , embora este comentário não deva ser levado exatamente ao pé-da-letra (principalmente pelos meus).

sábado, setembro 24, 2005

Presupuesto

Algumas semanas atrás recomeçou o semestre de aulas na Academia de Cinema. Depois do choque inicial de ter aulas de direção de cinema em espanhol (pois a profa é espanhola da Espanha mesmo), as coisas começaram a se tornar engraçadas.

Por algum motivo, alguns termos específicos de cinema em espanhol soam tão engraçados que as aulas são cheias de graça. Roteiro é Guión, Filmagem é Filmación, Travelling é Travelling mesmo, só que se fala Trabeling, etc... Ou seja, dá pra entender tudo o que ela diz em espanhol ou pelo menos adivinhar a maioria.

Mas o que deu mais trabalho mesmo foi Presupuesto. Presupuesto pra cá, Presupuesto pra lá, e nada de alguém entender o que diabos era presupuesto.

Depois de uns 10 minutos, paramos a aula pra tentar resolver este detalhe e descobrimos que presupuesto significa orçamento.

O pior é que era bem óbvio que presupuesto só podia mesmo ser o quanto de dinheiro vai ser posto na tabelinha de gastos.

Ou melhor, o preço posto.
Santa ignorância.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Grip


Isso sim é um caso extremo de virose.
Imagine então se a câmera tivesse "gripada"?

segunda-feira, setembro 19, 2005

Childe Gourmet

Criança pequena é tão bonitinha que dá vontade até de comer.
Depois elas crescem e a gente se arrepende de não ter comido.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Amódio

Concorde ou não, problema seu, mas a verdade é que:
Se você odeia, é porque ama odiar ou porque odeia amar.

sábado, setembro 10, 2005

A Era Da Desinformação

Faz tempo que eu evito assitir noticiário.
Desgraça, desgraça, desgraça...

Caí na besteira de assitir o jornal, hoje:
"Mulheres japonesas lutam pelo reconhecimento social"

Nada contra o assunto. Acho que cada um tem o direito de querer o que quiser, contanto que não machuque ninguém e, de preferência, não se machuque também.

Só que o mais estranho na notícia foi o seguinte:

Ela dizia mais ou menos que com a busca pelo reconhecimento social em uma sociedade extremamente machista, 1 em cada 5 mulheres japonesas deixam de se casar. Isso resulta em um prognóstico de redução demográfica a longo prazo. A média está sendo de algo como 1,3 filho por casal. Ou seja, a população no Japão tende a diminuir e, segundo a matéria, isso seria um problema.

Apesar dos motivos serem bem negativos, as conseqüências não!

Qual o problema em uma ilha (arquipélago, na verdade), tão lotada que o povo aprendeu a plantar arroz em montanha, que tende a ter menos gente por m²?

Será que o(a) jornalista não percebeu o que estava dizendo? Será que ele(a) acha que uma população que deixa de crescer tem problemas por causa disso? Será que já não tem gente demais no mundo?

Definitivamente: TV emburrece, a não ser que você saiba conversar com ela...
Dado não é informação, informação não é conhecimento e conhecimento não é sabedoria.

Época de Pixiricas

Eu vejo de tudo e não morro.

Fazendo documentário nesse mundão véio sem portêra nem portêro, ouvimos as coisas mais incríveis:

Segundo o entrevistado, seu vizinho começou uma plantação de buceta. Tavam tudo em flor, até o dia em que deu uma chuva do caralho e fodeu com tudo.

'psionante...

terça-feira, setembro 06, 2005

Me Chama de Samantha Raio-Laser

Fazer cinema é desbravar um território desconhecido e rosa, muito rosa.
Conviver entre tantas "amigas" tem lá suas seqüelas, melhor exemplificadas pelas idéias a seguir:

Me abre, me fecha, me chama de gaveta;
Me joga na parede, me chama de lagartixa;
Me faz um bagaço, me chama de laranja;
Me derrete, me passa no pão, me chama de manteiga;
Me come, me cospe, me deixa, me chama de Raul Seixas;
Me dobra, me estica, me chama de lençol;
Me mastiga, me cospe, me chama de Trident;
Me esquenta, me estoura, me chama de pipoca;
Me enche de carne, me chama de pastel;
Me quebra, me rala, me chama de água de côco;
Me enche de frango, me chama de coxinha;
Me grava, me rebobina, me chama de fita-cassete.

Se bem que essa última merece uma versão atualizada:
Me aluga, me copia, me chama de DVD...
...e não é porque eu tenho um furo no meio!

Ô dó...

sábado, setembro 03, 2005

Um Comentário Severino

Entre os mais variados escândalos de escala planaltária, muitas piadas foram feitas sobre malas e cuecas, embora o mais interessante entre todos tenha sido pouco discutido, cujo título parece saído de um dos livros de Sherlock Holmes: O caso das putas de Grand Bittar

Na verdade, o complexo esquema de agenciamento de modelos/acompanhantes/escorts em uma festa de 2 andares (com o perdão do trocadilho) foi uma grande confusão.

Confundiram a orgia com uma festa de dia das mães.

O que apenas explica porque que deputado tem puta até no nome, mas apenas por uma questão hereditária.

Jogos Retóricos Mundiais

A maior competição do planeta se disputa todos os dias em toda parte.
Em cada lar. Em cada repartição pública. Em cada boteco e universidade, uma partida é travada à todo momento.

No máximo à 50 metros de você, alguém deve estar competindo.
E o mais interessante é que ninguém ganha coisa alguma por ser vitorioso.

É a Guerra do Problema.

Já reparou como as pessoas sempre querem mostrar como têm mais problemas que as outras? Se uma sofre de uma dor, a outra sofre da dor e tem que trabalhar. E outra sofre de dor, trabalha e cuida de casa. Outra ainda faz tudo isso e não tem um centavo no bolso.

Acho que nem tem a ver com querer a simpatia, pena ou compreensão do outro, mas sim com auto-afirmação. "Suporto mais problemas, portanto sou alguém importante, talvez até mais que você."

Perdi as contas em que já me peguei fazendo isso, tentando mostrar que estava mais ferrado que a pessoa com quem conversava. Chego ao ponto, muitas vezes, de ficar completando as frases dos outros como se isso fosse algo brilhante.

Pior ainda é quando o outro mal se agüenta em esperar o outro terminar de falar e já quer complementar a história com algum argumento mais interessante. Que coisa mais imbecil!

Isso não é conversar. Se não estamos prestando atenção ao que o outro diz, estamos só alternando períodos em que não estamos escutando, desesperados pela nossa vez de falar.

Gostaria que um dia as pessoas me conhecessem como um bom ouvinte, ao invés da máquina de falar que estão acostumados a lidar.

quinta-feira, setembro 01, 2005

DST

"Vida é uma doença sexualmente transmissível: taxa de mortalidade 100%!"
(frase de alguém aí... faz diferença quem?)

Prioridades

Há um trauma que me persegue.

Sempre fui alguém que deu poucos problemas para os outros. Bastante independente, esperto, inteligente, dedicado. Assim eu cuidava de quase todos minhas coisas sozinho. Agindo desse jeito, eu raramente levava problemas para os outros, deixando-os livres para cuidar de seus próprios problemas, ou, na pior das hipóteses dos problemas dos outros mais problemáticos.

O problema é exatamente quando eu levava meus poucos problemas para os outros.

Problemas em estágio avançado de estudo. Problemas resolvidos em parte. Problemas cuja parte com problemas quase não representava mais problema. Problemas que para os outros, já nem pareciam mais problemas.

Só que são coisas que eu não estava dando conta de resolver sozinho. Coisas que eu realmente precisaria de ajuda para resolver de forma adequada.

Ao ver estes problemas em fase de solução, as pessoas invariavelmente diziam, sem a menor maldade, algo como: "Tenho certeza que você é capaz de resolver isso também." ou "Olhe como você está indo bem, não desista agora, siga em frente.", o que normalmente significava algo como "Há pessoas com problemas mais sérios que você; não acha melhor que eu cuide dessas coisas mais sérias e que você mesmo cuide das suas coisas já que parece fazer isso tão bem?"

Assim, até hoje, as pessoas vêem o quão bem eu lido com a maioria dos meus problemas e acabam não percebendo que eu também preciso de ajuda, tanto quanto qualquer outro, mesmo quando eu pareço ser tão bom nisso.

Sei lá... Vai ver eu sou carente mesmo e só queria ter mais prioridade na vida dos outros, prioridade essa que quem dá mais trabalho quase sempre tem.
Ou você acha que quem tem problemas sérios não é sempre a prioridade?